terça-feira, 27 de outubro de 2015

Fases da Superação

Antes de começar a ler este texto, peço que você aperte o play e se entregue neste luto, se jogue neste sofrimento e curta essa fossa.



Você pode ter terminado e depois se arrependido, ter levado um pé na bunda, ter pego a pessoa amada com outra pessoa, enfim, seja qual for o seu fim, curta esse momento. O fim do poço tem suas reflexões e seu lado bom, por incrível que pareça. No fim do poço você está só, não tem vizinhos e muito menos companhia nenhuma. No lado sóbrio, você vai refletir sobre tudo, o que aconteceu, o que você gostava e não gostava. Você vai passar por uma bipolaridade que vai chegar num determinado momento que você mesmo vai se mandar para terapia.
Essa fase não tem uma quantidade de dias certos, pode durar um fim de semana, pode durar três semanas, um mês, cinco meses ou até quando você se permitir ao sofrimento, mas antes de estender por toda a vida, vamos pensar juntos; quantas milhões de pessoas existem neste mundo?

Stop na Maysa, dê um play neste som, enxergue a luz e corra até ela.



Sofrer por amor dói, machuca, é uma dor insuportável, mas não mata! Você se entregou ao sofrimento, comeu barras de chocolates, potes de sorvetes, chorou ao assistir as comédias românticas mais bobas que existem, agora está na hora de sacudir a poeira e seguir. Não estou falando para você sair encher a cara e fazer da sua vida uma micareta, até porque acho difícil de fato você realmente se interessar por alguém, a fase agora é resgatar o seu amor próprio.
Vai lá e viva! Se permita, respeite as suas vontades. Conheça lugares, pessoas, faça amizades, aceite que o mundo não é uma pequena roda, mas uma imensidão de oportunidades. O clichê de que todo fim é um recomeço pode até ser valido, mas aceite que agora você tem a oportunidade de refazer a sua vida.
Trabalhe, estude, malhe, viaje, conheça, viva e passe pelo maior desafio da depressão, enfrentar uma roda de casal estando apenas você solteiro (a) e a partir do dia que você for dormir com a sua mente limpa e acordar no outro dia, se espreguiçando, se olhar no espelho e ver sua mente limpa, tenha a certeza que você estará perfeitamente bem e pronto (a) para o novo. Este novo pode até ser o antigo, mudado e renovado, nós somos a evolução, você não mudou? Então! Aceite. E se não for, será realmente algo novo, encerre os ciclos e aproveite os novos.

Chegou na luz? Coloque seus óculos de sol, sinta o vento em seus cabelos, pense que você está dentro de um videoclipe e aperte o play novamente.



Você está curado (a), agora sim é o momento das baladas, das tequilas, da galera. Se joga na pista, se joga na vida, aproveita, faça tudo intensamente, com consciência claro e quando você menos esperar, você vai encontrar o amor novamente.




terça-feira, 13 de outubro de 2015

Um bate-papo com a Saudade



Eu gostaria de saber como você está. Não para apenas saber da sua vida ou fiscalizar se está mais feliz ou não. É que este final de semana era para estarmos juntos, pois lembrei de você.

Fiz aquele prato que você gostava, acordei mais cedo, abri a janela e vi você na minha cama. Se lembra daquele final de semana perfeito que passamos juntos? Este foi igual, eu e você, repetindo a mesma cena, mas você estava apenas no meu pensamento.

Na verdade, eu gostaria de saber como você está, apenas para saber se ainda pensa em mim. Não por ego, orgulho ou capricho, mas por querer reciprocidade. Queria saber apenas se você gostaria de também estar neste final de semana comigo.

Neste, no próximo e no próximo também, quem sabe todos os finais de semana? Mas assim, perfeito como aquele ou aquele outro que viajamos, ou também aquele que passamos com nossos amigos, entre outros finais de semanas perfeitos que passamos juntos e no outro dia estávamos depressivos, na ressaca, trabalhando e mandando mensagens um para o outro lembrando dos melhores momentos.
Lembrei de você, lembro sempre, não por te querer de volta, eu sei que está bem, eu também estou. Apenas lembrei, pois recebo sempre a visita da Saudade, ela tem sido minha companheira. Converso sempre com ela, conto de você e de mim, como éramos, mas ela não consegue me explicar porque mudou.

Vou te confessar algo, mas é segredo nosso: A Saudade é meio tapada, ela não consegue me explicar nada. Eu falo para ela, mostro minha dor, digo sobre o aperto no peito, mas ela não responde, não explica, não resolve nada, embora ela seja simpática, pois na sua ausência ela fica ali me fazendo companhia.
Aliás, você a conhece? Perguntei, mas nem isso ela soube me responder, se te conhecia e também te acompanhava. Me diga, ela é assim com você também?