Chegamos naquela época em que tudo se aflora. Frio, com o Dia dos Namorados, carências, propagandas e um mundo apontando para você a necessidade de pertencer à sociedade dos casais que tem por obrigação comemorar esta época ou pertencer à outra sociedade, revoltada e desiludida por alguma frustração amorosa.
A questão aqui, meu caro leitor, não é te propor uma escolha, e sim uma oportunidade de encarar a sua vida de outro ângulo. Antes disso, vou falar de amor.
Cheguei à conclusão que o amor não é para ser discutido, cada um tem a sua maneira de amar e a receita e fórmula não existe. Quantas vezes você já se decepcionou, desiludiu, achou que quebrou a cara ou ficou com o coração partido, pelo simples fato de crer que não foi correspondido? Complemento com outra pergunta: Qual a maior loucura de amor que você já fez?
Uma vez me perguntaram isso, meus olhos marejaram, e respondi com o coração estupendo: ‘Eu já atravessei um oceano’. Suspiros dominaram o ambiente, ‘QUE LINDO’, ‘OWUNNN’, ‘E DEU CERTO?’. Aí vem a questão.
Fazer loucuras de amor é lindo, para os românticos de plantão, essa é uma necessidade de expor seus sentimentos e esperar o reconhecimento na reciprocidade, mas não devemos esquecer que a reciprocidade não é uma obrigação.
Usando o meu caso, atravessar um oceano deu certo sim! Foi lindo, durante o período que aconteceu. O fim não significa ter dado errado, que você tem algum problema, ou que todas as pessoas irão agir da mesma forma com você. O que também não significa que agiram de uma maneira errada. Você apenas deve sempre ser ciente de que as pessoas não são iguais. Reciprocidade devemos esperar apenas de nós mesmos.
Pergunto de uma maneira diferente: qual a maior loucura de amor que você já fez por você mesmo?
Descobri que depositar o seu amor em alguém é a maior forma de egoísmo com você e também com a pessoa, aquela que você diz amar. Você joga uma obrigação, e ao mesmo tempo uma frustração, que, se não correspondida, vira um mar de mágoas. Tratar esses sentimentos podem levar anos até a paz dominar sua vida novamente.
Vamos combinar que amor próprio não é egoísmo, muito menos devemos estar na situação e obrigação de depositar em alguém as nossas vontades e correspondências.
E quando conseguirmos responder qual foi a maior loucura de amor que fizemos por nós mesmos - aí sim - vamos poder repassar essa forma de amor para alguém, que irá surgir e ‘corresponder’.