terça-feira, 10 de junho de 2014

Luxo ou Lixo?

Antigamente o foco eram apenas três opções para compras, dois shoppings e o calçadão do centro, mais conhecido como a famosa Braguinha. Hoje Sorocaba está diante de vários centros comerciais, a cidade possui sete shoppings, algumas megalojas e inúmeras boutiques onde o ‘glamour’ predomina. Podemos ver que há uma linha tênue em nossos polos de ‘finura’, dividindo o luxo da zona norte e o luxo da zona sul. Tal luxo gera uma discussão entre as classes sociais da cidade. A questão de fato é: o que realmente é “chique” na cidade?
Ser “chique” para alguns é se vestir bem e gastar pouco, para outros é pagar o estacionamento e ter dinheiro apenas para comprar um copo de café no estilo americanizado e desfilar pelos corredores, admirando as grifes e passando vontade, pois o limite do cartão de crédito não deixa aproveitar as promoções que vão de 50% á 70% de desconto, e mesmo assim, se comprar alguma peça vai a metade do salário. Não vamos esquecer que, para alguns, não passa do ‘rolezinho’, que é “chique” circular por lugar rico, vai que a lei da atração funcione e o dinheiro acabe atraindo dinheiro?
Sorocaba realmente precisava de uma revolução no comércio, conquistamos! Estamos prestes a nos tornarmos a Região Metropolitana, o maior polo comercial do interior, um centro de referência. O que esquecemos é que também precisavam de uma revolução nos costumes provincianos.  Ainda nos deparamos com comparações, onde presenciamos até insultos a certas lojas e zonas da cidade. Esquecemos que quanto melhor a qualidade em todos os setores, melhor será a convivência. Uma compra na zona sul ou na zona norte não difere status, e continua sendo apenas uma compra. O dinheiro gasto lá vale tanto quanto o daqui, mas é difícil aceitar o vice-versa. Ainda temos os costumes e a sensação de que a compra numa determinada região é melhor que a outra. 
Mas sinto que a revolução está por vir, já podemos ver entre o meio termo. No complexo que já foi considerado uma 'galeria de luxo' já deparamos com uma popularização nos produtos e preços, pois as moscas acabaram não dando o devido lucro. Pergunto-me: seria o medo de o luxo virar um lixo?

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